Uma equipe de pesquisadores alemães e holandeses conseguiram desenvolver
um tipo de mídia que é capaz de manter dados intactos por 1 bilhão de
anos. Para chegar nesse tipo de confiabilidade, os cientistas
desenvolveram um tipo de disco ótico feito de tungstênio, capaz de
resistir milênios.
Atualmente, um disco rígido comum é uma mídia confiável para reter
dados por algumas décadas (desde que seja conservado em condições quase
insuportáveis, que vão da estabilidade do lugar onde está guardado, não
pode levar pancadas, à temperatura, já que oscilações bruscas podem
causar danos). Cartões de memória podem ser corrompidos com o tempo e
também não são a opção mais durável.
O disco de tungstênio evita todos esses problemas, além de outros mais.
O material é estável e tende a se manter intacto mesmo quando submetido
a variações de temperatura e pressão (para derretê-lo, são necessários
3422 graus Celsius). Essa alta tolerância à temperatura, aliada à baixa
taxa de expansão térmica explica porque o material é tão popular entre
as lâmpadas incandescentes, por exemplo.
Além disso, uma mídia ótica,
ao contrário de um HD, dispensa o uso de partes móveis, que poderiam
ser danificadas com o tempo, tornando a leitura dos dados algo inviável.
Os
dados gravados no disco de tungstênio seguem o padrão comum dos
QR-Codes. A escolha por essa forma de escrever informação tão comum nos
dias de hoje é simples de entender: eles possuem uma estrutura
inerentemente binária, que deve ser facilmente compreendida por uma
civilização futura, que domine rudimentos de matemática. Neste sentido, o
disco de tungstênio, que pode durar 1 bilhão de anos, seria uma forma
de garantir o registro da humanidade para o futuro.
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